Por Paula Gomes
Com 155 capítulos terminou na noite desta sexta-feira, 12 de dezembro, a novela "Água na boca", escrita por Marcos Lazarini e direção geral de Del Rangel. A novela não atingiu a audiência esperada, mas o que se viu foi um show de imagens, texto e interpretação. Uma trama leve e gostosa de assistir, "Água na boca" foi na contra-mão de todas as novelas da concorrência: não se viu, em nenhum capítulo, apelo sexual e violência, o que levou a trama a ser taxada de água com açúcar. Bem, realmente foi, mas não ficou devendo em nada à produções globais no que diz respeito à técnica.
Aliás, poucas novelas da TV brasileira tiveram um elenco tão afinado. Muitos atores jovens foram revelados, à exemplo da antecessora "Dance dance dance", e os veteranos abrilhantaram ainda mais a trama.
O que dizer da atuação de Berta Zemel no papel da doce Maria Bellini? E as maldades de Françoise Cassoulet, vivida por Jacqueline Laurence? Essas atrizes mais experientes ganharam destaque na trama e fizeram seu trabalho de forma impecável! Os atores mais jovens também deram um show. Destaque para Miranda Kassin (Gina Angel), Priscila Sol (Renée Cassoulet), Alexanndre Barros (Alex Wagner) e a protagonista Rosanne Mulholland (Danielle Cassoulet), que segurou a onda e se mostrou muito madura e que estava preparada para o desafio. Outro ator que abrilhantou a trama foi Carl Schummacher na pele do divertidíssimo Paolo Bellini.
"Água na boca" também explorou outras culturas através do núcleo nordestino, brilhantemente representado por Ana Cecília (Miquelina Penaforte), e do núcleo oriental, liderado por Eda Nagayama (Keiko Mizoguchi). O merchan social também se fez presente quando o autor tratou de forma delicada e muito sensível de assuntos como Mal de Alzheimer, da personagem de Berta Zemel, e da gravidez na adolescência, da personagem de Juliana Kemetani (Akemi Mizoguchi).
A Band pode se orgulhar do que produziu. Toda equipe que participou dessa novela pode dizer com orgulho que contribuiu para uma obra de qualidade e que embora não tenha sido fenômeno de audiência, priorizou a qualidade acima de qualquer coisa, raridade hoje em dia na TV.
Uma pena não termos uma continuidade da dramaturgia da Band neste momento. Toda equipe foi dispensada e fica aqui nossa torcida para que todos consigam boas oportunidades. Seria maravilhoso se a emissora não tivesse desistido das novelas agora e preparasse um novo trabalho para toda essa gente talentosa, mas quem sabe em 2009, após a análise do setor, a emissora volte com tudo com produções nesse nível.
"Água na boca" deixará saudades. Aos envolvidos nessa produção, mais uma vez, em nome dos telespectadores da Band, obrigada pela excelente novela que fizeram e espero que voltem a brilhar em breve na tela da Band.
Parabéns ao autor Marcos Lazarini e seus colaboradores Aleksei Abib, Conceição La Branna e Denise Patarra; aos diretores Del Rangel, Luiz Antonio Piá, Rodolfo Silot e Marcelo Krause; a diretora geral de programação e artístico da Band, Elisabetta Zenatti, por acreditar na força das novelas para a melhoria da qualidade da programação da emissora e meus profundos agradecimentos ao jornalista Marcio Tadeu, que fez um excelente trabalho na divulgação da novela enquanto assessor de imprensa. Obrigada Marcio, pela atenção e paciência.
Beijos a até semana que vem!
Atenção: Próxima segunda, em substituição à "Água na boca", às 20h15, estréia "Uma escolinha muito louca".
Atenção: Esta coluna é pertencente ao "Blog da Band". Todos os direitos são reservados ao blog e à autora.
Um comentário:
Já está fazendo falta.
Postar um comentário