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sexta-feira, 20 de março de 2009

Milton Neves dá detalhes do drama que passou.


Milton Neves, 56 anos, acredita que nasceu de novo, após o acidente sofrido às 23h de terça-feira (17), em seu escritório em São Paulo. Em entrevista a O Fuxico, o apresentador do programa esportivo Terceiro Tempo, da Band, contou que aprendeu a valorizar ainda mais a vida, após cair e quebrar o braço em três pontos, tendo que, sozinho, lidar com dores insuportáves e a sensação de solidão e impotência, por não conseguir pedir ajuda a ninguém, após ficar com o lado direito completamente paralisado.

Operado na quarta-feira (18), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, ele agora passa bem, porém, só terá alta no sábado (21). De lá, ele conversou com O Fuxico e contou que passou por momentos de total desespero. Confira:

O Fuxico - O que causou o seu acidente?
Milton Neves - Foi aquela chuva forte de terça-feira. O problema desse tipo de chuvão é que a água entra nos buraquinhos da esquadrilha. O mundo caiu em São Paulo e eu resolvi dormir em meu escritório, que tem um apartamento. Ao ir para o meu quarto, escorreguei feio e deslizei feito uma bola no chão. A sorte é que não caí de cabeça mas, em compensação, bati com o lado direito do corpo. Foi uma queda muito feia. Consegui levantar e me sentei. Na hora, não liguei. Mas, depois de 15 minutos, o corpo começou a esfriar e passei a sentir uma dor insuportável. Não sei como é a dor do parto mas, com certeza, não é maior que essa. Fiquei com o lado direito completamente paralisado e não consegui pedir ajuda por telefone.

O F - Mas você não gritou por socorro?
MN - Não tinha ninguém no andar. A queda foi às 11 da noite e fiquei sozinho, até as sete da manhã. Foi um desespero. A minha sorte é que as fraturas não foram na cabeça, e sim entre o cotovelo e o ombro. Estava com dois celulares do meu lado e a televisão perto. Mas não consegui ligar a tevê, para me distrair, nem chegar perto dos telefones. Eu não conseguia mexer nada no meu corpo. Sem exagero, até virar os olhos doía.

O F - E como conseguiu que, finalmente, o socorressem?
MN - De manhãzinha, às 7h, eu vi que estava claro e comecei a gritar Kenedy, Kenedy!, que é o nome do meu funcionário, que sempre chega às 8h30. Eu não sei o que me fez pedir socorro, pois sabia que não era horário dele. Por graça de Deus, na quarta-feira (18) ele resolveu ir mais cedo. Quando me viu, imediatamente ligou para o Dr. Sérgio do Carmo Jorge, do Sírio-Libanês, a quem eu faço questão de agradecer, porque ele foi o meu anjo da guarda.

O F - Você foi levado para o SírioLibanês de ambulância?
MN - Sim. Só que precisei de 40 minutos para ser retirado da minha cama e conseguir sentar na cadeira de rodas. Tiveram que me dar dois miligramas de morfina, mas nem com isso a dor aliviou. Depois, eles resolveram dar mais três miligramas. Aí, finalmente conseguiram me colocar na cadeira e descer comigo do prédio para o estacionamento.

O F - Você fez uma cirurgia na quarta, mas ainda não recebeu alta. Quando sai do hospital?
MN - Após vários exames, incluindo tomografia, fizeram um operação que durou três horas. Quem fez, foi o Dr. João de Carvalho Neto, ortopedista. Ele colocou um monte de pinos e parafusos. Estou com o braço na tipóia, mas fico aqui até sábado. Até lá, vou aproveitar para fazer vários exames, fazer um check-up geral. Deus me deu uma nova chance, e quero aproveitá-la. Porque sei bem que, se minha cabeça tivesse batido no piso, que é de porcelanato espanhol, eu poderia não estar aqui. Afinal, a queda foi no escritório, quando eu estava completamente sozinho, incapaz de pedir ajuda. Nasci de novo e quero ficar 'zero bala'.

O F - Seus fãs poderão vê-lo no domingo?
MN - Sim, vou apresentar o programa no domingo, mas com uma tipóia. Quero aproveitar e agradecer aos meus fãs e amigos. Desde que souberam do acidente, não pararam de ligar e me mandar e-mails. Quero agradecer, do fundo do coração.

FONTE: O Fuxico.

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